"Raios de Luz"


sexta-feira, 12 de julho de 2013

O valor do verdadeiro Amor ao próximo

O Evangelho deste próximo Domingo fala-nos do amor que devemos ter ao nosso próximo. Mas, em concreto, o que significa o amor ao próximo? Será um mero sentimentalismo? Em que é que o amor humano difere do verdadeiro amor cristão?

Jesus, com a parábola do Bom Samaritano, não muda a antiga Lei, mas explica o significado da mesma, dando uma lição de amor. E mostra que o amor cristão não é simplesmente humanitarismo, mas é um amor que surge da compaixão, ou seja, da capacidade de ‘sofrer com os que sofrem, ao lado dos que sofrem’ e perceber quais são as verdadeiras necessidades dos outros.

Amar o próximo é, então, tratar os outros como gostaríamos de ser tratados, amar cada pessoa como a nós mesmos, agir em favor dos outros como se agíssemos em favor de nós mesmos. E, como cristãos, fazêmo-lo porque reconhecemos Cristo no outro que precisa de nós.

Estamos no Ano da Fé. Não nos podemos esquecer de que a Fé e a Caridade não podem existir uma sem a outra, ou não se chamem de Fé e Caridade cristãs. Uma caridade sem fé não passa de ajuda humanitária, enquanto uma Fé sem obras, está morta.

Na sua Mensagem para a Quaresma deste ano, o Papa Bento XVI foi incisivo neste ponto: «Por vezes tende-se a circunscrever a palavra ‘caridade’ à solidariedade ou à mera ajuda humanitária; é importante recordar, pelo contrário, que a maior obra de caridade é precisamente a evangelização. É redutivo defender uma exagerada supremacia da caridade e sua operatividade, pensando que as obras substituem a Fé».

E de onde nos vem a Fé? A Fé que professamos é a Fé da Igreja, Mãe e Mestra que nos ensina a praticar a verdadeira caridade à luz da Fé.

Em jeito de conclusão, vale a pena pensar nas belas palavras do Santo Padre Bento XVI, na sua inesquecível visita a Fátima, em Maio de 2010:

«Cristo quer fazer da Igreja a estalagem para onde conduz os frágeis e feridos deste tempo, para aí os fazer tratar, confiando-os, aos seus ministros, e pagando pessoalmente de antemão pela cura. ‘Vai e faz o mesmo’. O amor incondicional de Jesus que nos curou, há-de converter-se em amor entregue gratuita e generosamente através da justiça e da caridade, para vivermos com um coração de bom samaritano».


Proposta de cânticos para a Missa:

Entrada: Eu venho Senhor à Vossa presença - NCT, 218
Ofertório: Bendito sejas - NCT, 251
Comunhão: Quem come a Minha carne - NCT, 422
Acção de Graças: Felizes os que habitam - NCT, 385
Final: Como o Pai me enviou.

NCT - Novo Cantemos Todos

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