O Evangelho deste próximo Domingo
fala-nos do amor que devemos ter ao
nosso próximo. Mas, em concreto, o que significa o amor ao próximo? Será um
mero sentimentalismo? Em que é que o amor humano difere do verdadeiro amor
cristão?
Jesus, com a parábola do Bom Samaritano,
não muda a antiga Lei, mas explica o significado da mesma, dando uma lição de
amor. E mostra que o amor cristão não é simplesmente humanitarismo, mas é um
amor que surge da compaixão, ou seja, da capacidade de ‘sofrer com os que sofrem, ao lado dos que sofrem’ e perceber quais
são as verdadeiras necessidades dos outros.
Amar o próximo é, então, tratar
os outros como gostaríamos de ser tratados, amar cada pessoa como a nós mesmos,
agir em favor dos outros como se agíssemos em favor de nós mesmos. E, como
cristãos, fazêmo-lo porque reconhecemos Cristo
no outro que precisa de nós.
Estamos no Ano da Fé. Não nos podemos esquecer de que a Fé e a Caridade
não podem existir uma sem a outra, ou não se chamem de Fé e Caridade cristãs.
Uma caridade sem fé não passa de ajuda humanitária, enquanto uma Fé sem obras,
está morta.
Na sua Mensagem para a Quaresma
deste ano, o Papa Bento XVI foi incisivo neste ponto: «Por vezes tende-se a circunscrever a palavra ‘caridade’ à
solidariedade ou à mera ajuda humanitária; é importante recordar, pelo
contrário, que a maior obra de caridade é precisamente a evangelização. É redutivo defender uma exagerada
supremacia da caridade e sua operatividade, pensando que as obras substituem a
Fé».
E de onde nos vem a Fé? A Fé que
professamos é a Fé da Igreja, Mãe e Mestra que nos ensina a praticar a verdadeira
caridade à luz da Fé.
Em jeito de conclusão, vale a
pena pensar nas belas palavras do Santo Padre Bento XVI, na sua inesquecível visita
a Fátima, em Maio de 2010:
«Cristo quer fazer da Igreja a estalagem para onde conduz os frágeis e
feridos deste tempo, para aí os fazer tratar, confiando-os, aos seus ministros,
e pagando pessoalmente de antemão pela cura. ‘Vai e faz o mesmo’. O amor incondicional de Jesus que nos curou,
há-de converter-se em amor entregue gratuita e generosamente através da justiça
e da caridade, para vivermos com um coração de bom samaritano».
Proposta de cânticos para a Missa:
Entrada: Eu venho Senhor à Vossa presença - NCT, 218
Ofertório: Bendito sejas - NCT, 251
Comunhão: Quem come a Minha carne - NCT, 422
Acção de Graças: Felizes os que habitam - NCT, 385
Final: Como o Pai me enviou.
NCT - Novo Cantemos Todos
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