"Raios de Luz"


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Aparição de Nossa Senhora em Junho e os seus apelos

Há 96 anos, no dia de hoje, Lúcia, Francisco e Jacinta, os Pastorinhos de Fátima respondiam ao apelo feito pela "Senhora mais brilhante que o sol" no mês anterior e dirigiam-se para a Cova da Iria para junto da pequena azinheira na qual Nossa Senhora lhes tinha aparecido no mês de Maio.

Poucos dias após a primeira aparição, a vida destas três crianças mudou drasticamente devido ao cepticismo e desconfiança de alguns familiares e vizinhos que negavam ser possível a Virgem Maria lhes ter aparecido. A senhora Maria Rosa, mãe da Lúcia, lamentava-se dizendo: "eu que andava sempre com cuidados de não em dizerem mentiras e agora aquela aparece-me com uma mentira destas".

De facto, a notícia espalhou-se rapidamente e muitos troçavam dos três pequenos, mas no dia 13 de Junho de 1917, à hora marcada, lá estavam junto da pequena azinheira e com eles, cerca de meia centena de curiosos que queria perceber do que se tratava e se de facto falavam verdade ou não.

À pergunta da Lúcia "o que é que vocemessê mequer?", a Mãe do Céu diz-lhe: «Quero que venhais aqui no dia treze do mês que vem e que rezeis o Terço intercalando entre os mistérios a jaculatória: 'Meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno; levai as almas todas para o Céu, especialmente as que mais precisarem'».

Deste pedido da Celeste Mensageira nasce o grande amor dos três pequenos pela oração e súplica pela conversão dos pecadores. Como estas crianças devíamos também nós ganhar o hábito de rezar por esta intenção tão especial. Mais tarde, Nossa Senhora diz à Lúcia que há muitas almas que vão para o Inferno porque não há quem peça por elas.

De facto, com o relativismo que se vive actualmente, a par do egocentrismo e de uma sociedade cujo centro é o Homem, põe-se de parte as verdades eternas, a noção de que um dia, após a nossa morte e o nosso juízo, teremos duas opções: a salvação eterna ou a morte eterna.

Ao rezar pela conversão dos pecadores, estamos a fazer presente um dos dogmas da Fé da Santa Igreja: a comunhão dos santos. Com esta oração cada um de nós toma consciência de que não só tem responsabilidade para com os outros nas relações humanos como também nas oração. E esta oração e este desejo da conversão dos pecadores pode auxiliar muitas almas a se converterem e a encaminharem-se para a vida eterna.  

Nossa Senhora, antes de mostrar aos Seus três pequenos arautos a luz imensa que é Deus e o Seu Imaculado Coração diz à Lúcia que levaria para o céu os seus primos muito em breve, «mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-Se de ti para me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração».

Coube à pequena Lúcia, com o amparo maternal do Coração de Maria que foi sempre para ela o seu «refúgio e caminho até Deus», fazer conhecer esta devoção ao Imaculado Coração da Virgem Santíssima durante toda a sua vida. E de facto, que grande anunciadora da mensagem de Mãe Imaculada.

Na mensagem que Nossa Senhora deixa aos três pequenos, 'Jesus quer' estabelecer esta devoção. De facto, como diz o Papa Paulo VI na sua Exortação Apostólica Marialis cultus: «o culto da bem-aventurada Virgem Maria tem a sua suprema razão de ser na insondável e livre vontade de Deus, que, sendo a eterna e divina Caridade (cf.1Jo 4,7-8.16), realiza todas as coisas segundo um plano de amor: amou-a e fez-lhe grandes coisas (cf. Lc 1,49), amou-a por causa de si mesmo e por causa de nós e, deu-a a si mesmo e no-la deu a nós.»


Procuremos neste dia dedicado a Nossa Senhora, fazer presente na nossa oração e na nossa vida os dois principais aspectos principais que a Virgem comunicou aos três pastorinhos há 96 anos atrás: rezar pela conversão dos pecadores e reparar o seu Imaculado Coração por todos os pecados com que é diariamente ofendido e ultrajado.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Analytics