"Raios de Luz"


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Solenidade de Todos os Santos

No dia 1 de Novembro a Liturgia da Igreja terrena levanta um pouco a barreira que nos separa da Igreja Triunfante, levando-nos a pensar para onde caminhamos: para o Céu, para a felicidade sem fim em Deus, onde viveremos na Sua companhia, na de Nossa Senhora, junto com os Anjos e com os Santos.

E quem são os Santos? Serão apenas aqueles que a Igreja canoniza, proclamando solenemente que estão na glória de Deus? Não só esses, que se evidenciaram de alguma forma na História da Igreja. Os outros Santos são aquelas pessoas anónimas – talvez nossos familiares, amigos ou conhecidos - que, como nós, caminharam e lutaram sobre nesta terra esforçando-se por cumprir a vontade de Deus e praticaram o bem, encontrando-se agora diante do Trono de Deus, na felicidade eterna do Céu, que mereceram pela sua fé e perseverança.

Esta Solenidade de Todos-os-Santos, assim como a Comemoração dos Fiéis Defuntos no dia seguinte, sintetiza o consolador dogma da Comunhão dos Santos que professamos no Credo.

Como fiéis católicos, acreditamos nesta comunhão entre os que ainda peregrinam sobre a terra, os defuntos que ainda estão em purificação no Purgatório e dos bem-aventurados do Céu, formando todos juntos uma só Igreja Católica.

Quando recorremos à intercessão dos Santos, fazemo-lo sempre como um pedido ou uma súplica. Não devemos ver a intercessão dos nossos irmãos que já estão no Céu como que um favor que nos farão à margem da vontade de Deus.

O Santo Padre Bento XVI, no dia 1 de Novembro de 2005, falou desta Comunhão dos Santos como uma só família, unida por uma caridade sobrenatural:

«[Esta Solenidade ] é a realidade de uma família ligada por profundos laços de solidariedade espiritual, que une os fiéis defuntos a quantos peregrinam no mundo. Um vínculo misterioso mas real, alimentado pela oração e pela participação no sacramento da Eucaristia. No Corpo místico de Cristo as almas dos fiéis encontram-se a superar a barreira da morte, intercedem umas pelas outras, realizam na caridade um íntimo troca de dons».


Assim, neste dia celebramos com toda a Igreja a alegria e a felicidade desta multidão incontável, propondo-nos a Igreja que sigamos os seus exemplos para gozarmos, um dia, da sua companhia no Céu.


PROPOSTA DE CÂNTICOS PARA A MISSA:

Entrada: Exultemos de alegria no Senhor - CEC II, pág. 202 [partitura]

Ofertório: A Vós, ó Verbo Eterno - NCT 645 [partitura]

Comunhão: Vinde, benditos de Meu Pai - OC 270 [partitura]

Pós-Comunhão: Felizes os que habitam na Vossa casa - NCT 385

Final: Os Santos cantavam um cântico novo - NCT 659 [partitura]

CEC II - Cânticos de Entrada e Comunhão, vol II
NCT - Novo Cantemos Todos
OC - Orar Cantando

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

«Ó Jesus, é por Vosso amor!»

«O tema do Santuário de Fátima para o ano pastoral 2013/2014 é tirado do conselho de Nossa Senhora aos Pastorinhos, recomendando-lhes que sempre que pudessem oferecer orações e sacrifícios dissessem: 'Ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação dos pecados feitos contra o Imaculado Coração de Maria' .Tema maravilhoso que implica uma compreensão grande do mistério do amor que Jesus tem por nós e da nossa retribuição a esse amor no desejo de não negar nada Àquele que nos deu e dá tudo.
É por vosso amor: Quem medita o amor de Jesus Redentor, Bom Pastor, Bom Samaritano, Amigo de pecadores, que nos ama sem limites e que foi à Cruz como prova máxima do amor, não pode deixar de querer retribuir tanto amor, louvando, reparando, sofrendo amando. Meditar o amor que Jesus nos teve e nos tem fará desabrochar em nós um desejo de amá-Lo sempre mais e melhor.

Tudo por amor d’Ele: oração, sofrimento, trabalho, penitência, a vida toda, cada segundo. Sermos “hóstias vivas” oferecidos com Cristo por amor. Já que foi o amor d’Ele que nos salvou tentarmos amá-Lo e amar o mundo com esse mesmo amor, sendo colaboradores na redenção.
Pela conversão dos pecadores: A primeira intenção proposta por Nossa Senhora é a conversão dos pecadores. O amor o0frecido a Jesus é para alcançar a graça da conversão dos pecadores. Todos, como batizados, temos esta responsabilidade: ser redentor com Cristo, colaborar na conversão dos pecadores, oferecer tudo para que o mundo seja salvo e encontre o amor de Jesus, sua Palavra e sua Verdade. O pecado que existe no mundo necessita de reparação que é outro nome do amor. Os pecadores precisam de conversão e só o amor, a vida oferecida em amor os pode ajudar a converter. Todos responsáveis por este empreendimento, por esta colaboração, por este desafio.
Em reparação dos pecados contra o Imaculado Coração de Maria: A Senhora é nossa Mãe. Temos que reparar os pecados que A ofendem e magoam. Temos que A consolar. Há muitas blasfémias, insultos, profanações do nome da Virgem Maria, muitas negações da sua virtude, da sua Imaculada Conceição, da sua Virgindade. Muitas ofensas contra seu coração, contra suas imagens, contra o seu amor e sua missão. Reparar é tentar amar a Senhora e seu Coração por aqueles que A não amam e A ofendem. A Mãe merece todo o amor do nosso coração de filhos e filhas»

Padre Dário Pedroso                                                               
Originalmente publicado aqui, por José Tomaz Mello Breyner

sábado, 26 de outubro de 2013

Oração pelas Famílias

Ocorre neste fim-de-semana de 26 e 27 de Outubro, no Vaticano, a Jornada da Família, na presença do Papa Francisco.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que: ‘Um homem e uma mulher, unidos em Matrimónio, formam com os seus filhos uma família. Esta disposição precede todo e qualquer reconhecimento por parte da autoridade pública e impõe-se a ela’. (CIC, 2201)
A Igreja ensina ainda que a família é a ‘igreja doméstica’, por ser imagem do amor que existe entre o Pai, o Filho e Espírito Santo. ‘A família é a célula originária da vida social’ (CIC, 2207), como tal, deve ser ajudada e defendida por medidas sociais apropriadas.
No entanto, nos tempos actuais, a sua estabilidade encontra-se ameaçada pelas dificuldades económicas, pela falta de ajuda às famílias numerosas e até por leis que são autênticos atentados contra a família!
Neste fim-de-semana, a JMV Sobreiro propõe que rezemos uma oração pelas famílias. Para que sejam mais protegidas e defendidas dos ataques cerrados que se insurgem contra elas e para que se tornem, um reflexo do amor da Santíssima Trindade para com cada um de nós.

ORAÇÃO 
                 Senhor, Deus de bondade e de misericórdia, 
que no mundo do mal e do pecado
oferecestes ao Vosso povo redimido 
um puro exemplo de piedade,
de justiça e de amor: a Sagrada Família de Nazaré!

Vede, Senhor, como a família é cada vez mais prejudicada,
e tudo conspira para profaná-la, 
destruindo nela a fé, a religião e os costumes.
Assisti, ó Senhor, a obra das Vossas mãos.

Estimulai a prática das virtudes familiares nas nossas casas,
única garantia de harmonia e paz. 

Vinde suscitar defensores da família, 
que lembrem aos esposos a fidelidade,
aos pais a autoridade e aos filhos a obediência.

Reacendei a chama da fé em cada lar, 
aumentai a paciência nas adversidades
e que todas as famílias prosperem sob a Vossa protecção. 

Confiamos Senhor, à vossa Providência, todas as famílias.
Que com o auxílio de Jesus, da Virgem Maria e de São José,
sejam lugares de abrigo, de prosperidade e de paz.

Assim seja.

De uma oração pelas famílias cristãs, do Papa Pio XII.

Noite de Oração dos jovens da Vigararia de Mafra

Os jovens da Vigararia de Mafra reuniram-se ontem, dia 25 de Outubro, na Igreja de São Pedro, na Ericeira, para a Noite de Oração que marca o início do Ano Pastoral.
A vigília, presidida pelo Padre João Vergamota, teve como tema ‘Aprender a aprender’  e iniciou-se com a visualização de um filme, no qual um aprendiz de olaria tentava aperfeiçoar a cada dia as peças de barro que ia moldando.
Mas só com a perseverança e com a ajuda do mestre, imitando-o, é que o aprendiz conseguiu moldar o barro para de maneira a construir uma peça digna de ser apreciada.
Após um cântico, o Pe. João dirigiu aos jovens algumas palavras acerca de como Deus nos propõe que nos deixemos moldar poe Ele, tal como o barro nas mãos do oleiro:
«Deus propõe-nos sempre uma conversão, uma mudança de vida. É preciso um 'cara-a-cara' com Ele nos Sacramentos, principalmente na Confissão. Todos nós, até os Santos, precisamos de ser modelados. Por exemplo, São Pedro traiu Jesus e depois acabou por ser o primeiro entre os Apóstolos, porque se deixou modelar por Nosso Senhor».
Seguidamente, o Pe. João falou na única condição para que esta modelagem de Deus seja eficaz: é preciso nós deixarmos:
«Nosso Senhor é capaz de fazer tudo de novo e até com mais valor do que aquele que tinha antes! É preciso ver na nossa vida coisas que é preciso mudar. fazemos esforços. No entanto, muitas vezes não conseguimos. Mas Deus pode mudar mesmo! Nós temos de acreditar nisso, confiar n'Ele e deixarmo-nos modelar por Ele».
Após estas palavras, os jovens foram convidados a buscarem um pouco de barro e moldarem com as suas mãos algum objecto. Assim, saíram as mais variadas formas das mãos dos jovens, desde crucifixos, dezenas do Terço, globos a simbolizar o mundo abraçados por uma cruz, vasos…


Ficou claro que podemos, de facto, moldar a vida conforme a vontade de Deus, mas só com a ajuda d’Ele e não pelos nossos esforços.
No final, após algumas preces e as palavras finais do Pe. João, cada jovem pôde ficar com um objecto para assim se recordar desta grande maravilha de Deus que nos quer moldar para vivermos conforme a Sua vontade, para um doía chegarmos ao Céu. Assim O deixemos actuar nas nossas almas!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

«Conquistar o mundo para Cristo, através da Imaculada!»

São Francisco de Assis e São Maximiliano Kolbe são dois santos profundamente marianos, separados no tempo por quase sete séculos. Mas o seu amor à Imaculada Mãe de Deus uniu-os no Céu, para que sigamos os seus exemplos de devoção à Virgem Santíssima, enquanto ainda caminhamos neste mundo.

São Francisco, que viveu entre os finais do século XII e o início do século XIII, compôs lindíssimas orações a Nossa Senhora.

Já São Maximiliano, um santo do século XX, foi um verdadeiro devoto da Imaculada Conceição, tendo por lema de vida: “Conquistar o mundo para Cristo, através da Imaculada”.

Num texto que escreveu quando estava no Japão como Missionário da Imaculada, São Maximiliano salienta que este mês de Outubro é bastante oportuno para pensarmos na importância da oração do Rosário:

«Em todas as casas católicas, inclusive na mais pobre, é possível encontrar um Terço. Principalmente na hora da oração, na igreja ou num enterro, pode-se perceber que quase sempre os fiéis têm um terço nas mãos.

(...) O Rosário é uma oração muito fácil. É fácil entender como as crianças, e também as pessoas simples que não são levianas, podem facilmente se servir do Terço como um meio de oração.

Além disso, as pessoas cultas, se reflectirem a fundo sobre esses Mistérios, compreendem mais facilmente a devoção do terço e, além disso, mediante a recitação do Terço, podem suplicar para si mesmos a graça da Verdade perfeita e da Fé. A Igreja estabeleceu que o mês de Outubro seja o mês do Rosário. Desde há muito tempo, os fiéis têm o costume de rezar o Terço durante este mês, seja na igreja, seja em casas de famílias devotas.

Nas suas aparições em Lourdes, no ano de 1858, a Mãe de Deus segurava o Terço nas mãos e, através de Bernadete, recomendou que rezássemos. Por isso, podemos terminar dizendo que a oração do Terço causa muita alegria à Imaculada. Além disso, com essa oração podemos facilmente obter grandes graças e bênção divina».


Domingo XXX do Tempo Comum


No próximo Domingo,  Jesus ensina, por meio de uma parábola, como devemos rezar, apresentando as posturas bem diferentes do fariseu e do publicano. 

O fariseu é o modelo de um homem irrepreensível face à Lei, que cumpre todas as regras e leva uma vida íntegra. Evidentemente, está contente  - e tinha razões para isso - por não ser como o publicano que também está no Templo e dá graças a Deus por isso.

O publicano era o modelo do pecador público. Pratica injustiças e não cumpre os preceitos da Lei. Aliás, ele tem consciência da sua indignidade, pois a sua oração consiste apenas em pedir: «Meu Deus, tende compaixão de mim que sou pecador!».

Jesus explica, no final do Evangelho que publicano se reconciliou com Deus e o fariseu não. Porquê? Para ensinar que, apesar de o homem viver mergulhado no pecado, Deus, pela Sua misericórdia infinita e sem que o homem tenha méritos, pode salvá-lo. O problema do fariseu é que pensava ganhar a salvação com o seu próprio esforço.
Jesus alerta-nos para a falsa ideia de que a salvação não é um dom de Deus, mas uma conquista do homem, ou seja, se o homem levar uma vida irrepreensível, Deus não terá outro remédio senão salvá-lo, premiando-o pelo seu bom comportamento.

Aqui está o perigo da auto-suficiência, de acharmos que podemos tudo por nós próprios. Em última instância, podemos chegar ao ponto que as nossas virtudes serão suficientes para nos salvarmos eternamente.

Este Evangelho coloca, fundamentalmente, o problema da nossa atitude face a Deus. Se, por um lado, Nosso Senhor conta com a nossa colaboração para que cheguemos um dia à salvação eterna, por outro pede-nos que nos deixemos auxiliar pela Sua Graça.
Ele sabe bem a fragilidade de que somos feitos e nós temos de perceber que precisamos da Sua ajuda, através da Igreja, para chegarmos à meta definitiva, o Céu.
PROPOSTA DE CÂNTICOS PARA A MISSA:

Entrada: Alegre-se o coração - CEC II, pág. 134-135 [partitura]

Ofertório: Onde há caridade e amor - NCT 129  [partitura]
Comunhão: Eu vim para que tenham vida - CEC II, pág. 131-132 [partitura]
Pós-Comunhão: Quem quiser ser grande no meio de vós - NCT 555 [partitura]
Final: Ide por todo o mundo - NCT 355 [partitura]
CEC II - Cânticos de Entrada e Comunhão, vol. II
NCT – Novo Cantemos Todos

terça-feira, 22 de outubro de 2013

«Não tenhais medo! Escancarai as portas a Cristo!»

 
«Irmãos e Irmãs: não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder! E ajudai o Papa e todos aqueles que querem servir a Cristo e, com o poder de Cristo, servir o homem e a humanidade inteira!
 
Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo! Ao Seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas económicos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso!
 
Não tenhais medo! Cristo sabe bem "o que é que está dentro do homem". Somente Ele o sabe!

Hoje em dia muito frequentemente o homem não sabe o que traz no interior de si mesmo, no profundo do seu ânimo e do seu coração, muito frequentemente se encontra incerto acerca do sentido da sua vida sobre esta terra. E sucede que é invadido pela dúvida que se transmuta em desespero. Permiti, pois — peço-vos e vo-lo imploro com humildade e com confiança — permiti a Cristo falar ao homem. Somente Ele tem palavras de vida; sim, de vida eterna.

Irmãos e Filhos de língua portuguesa (em português): Como ‘servo dos servos de Deus’, eu vos saúdo afectuosamente no Senhor. Abençoando-vos, confio na caridade da vossa oração e na vossa fidelidade, para viverdes sempre a mensagem deste dia e deste rito: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!  Que o Senhor, na Sua misericórdia, nos acompanhe a todos com a Sua graça e com o Seu amor pelos homens».


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Domingo XXIX do Tempo Comum


O Evangelho deste XXIX Domingo do Tempo Comum insere-se num discurso escatológico sobre a vinda gloriosa de Jesus Cristo, no final dos tempos.


Na primeira parte, Jesus conta uma parábola, seguida da sua aplicação teológica. Os personagens centrais dessa parábola são uma viúva e um juiz. A viúva passava a vida a queixar-se do seu adversário e a exigir justiça; mas o juiz, “que não temia Deus nem os homens”, não lhe prestava qualquer atenção. No entanto, o juiz acabou por fazer justiça à viúva, a fim de se livrar definitivamente da sua insistência importuna.

Com esta parábola Jesus quer ensinar que, se um juiz prepotente e insensível é capaz de resolver o problema da viúva por insistência, quanto mais Deus não escutará os "seus eleitos que por Ele clamam dia e noite e iria fazê-los esperar muito tempo?”.

Na verdade, com muito mais motivo Deus – que é rico em misericórdia - defenderá sempre os mais fracos e fragilizados pelo pecado e pelas dificuldades  e estará atento às súplicas dos seus filhos.

Às vezes, parece que Deus não ouve as nossas súplicas, não atende os nossos pedidos ou não percebe o nosso tempo. No Seu silêncio, podemos chegar a pensar “mas onde está Deus quando precisamos”?

Ora, Nosso Senhor tem o Seu projecto, o Seu plano e o Seu tempo próprio para intervir. A nós, fiéis, resta-nos ter fé, moderar a impaciência e confiar que Ele não nos está a abandonar nem está ausente ou insensível aos nossos problemas. Apenas tem um plano que nós, humanamente, não conseguimos compreender.

O Evangelho termina com uma pergunta inquietante de Jesus: «Quando voltar o Filho do homem, encontrará fé sobre a terra?»

Cabe-nos a nós fazer com que, quando Jesus voltar para julgar os vivos e os mortos, ainda encontre fé neste mundo, ou seja, ainda encontre almas orantes e vigilantes, pessoas que apesar deste aparente “silêncio de Deus” não desistiram de confiar n’Ele e permaneceram constantes na oração.

Se dermos nas nossas vidas um testemunho coerente de Fé, transmitindo-a aos outros, estaremos certamente a contribuir para, quando Jesus voltar como Justo e Misericordioso Juíz, ainda encontre a fé que Ele mesmo transmitiu aos Apóstolos e que a Igreja anuncia ao mundo inteiro.
PROPOSTA DE CÂNTICOS PARA A MISSA:
Entrada: Chegue até Vós, Senhor - NCT, 213 [partitura]
Ofertório: Vimos trazer, Senhor  - CT, 91 [partitura] 
Comunhão: Tudo o que pedirdes na oração - CEC II, pág. 52 [partitura]
Pós-Comunhão: Eternamente cantarei o amor do nosso Deus - Taizé [partitura]
Final: Como é admirável Senhor - NCT, 257 [partitura]

CT - Cantemos Todos
CEC II - Cânticos de Entrada e de Comunhão, vol. II
NCT - Novo Cantemos Todos

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

«Parece-me que devemos recomeçar a partir de Fátima»


A Peregrinação Internacional Aniversária de 12 e 13 de Outubro em Fátima foi presidida este ano pelo então Secretário de Estado do Vaticano D. Tarcísio Bertone, que cessou funções no dia de ontem, 15 de Outubro.
 
No seu discurso de despedida, diante do Papa Francisco, o Cardeal Bertone referiu que a devoção mariana é um ponto comum que une Bento XVI e Francisco, destacando a importância da actualidade da Mensagem de Fátima para os males que assolam a Igreja e o mundo:

«Não há ícone mais belo dos dois papas que aqueles da fotografia de cada um recolhido em oração diante de Nossa Senhora, de Nossa Senhora de Fátima: em Fátima, no Ano Sacerdotal de 2010, o Papa Bento, e, em Roma, diante da mesma imagem, no Ano da Fé (2013), o Papa Francisco, para meter a Igreja inteira em estado de penitência e de purificação. Parece que devemos recomeçar a partir de Fátima».
E em que assenta a Mensagem de Fátima? Na oração, penitência e reparação. É importante perceber que num discurso oficial de despedida de um Secretário de Estado Vaticano, diante do Santo Padre, a Mensagem de Fátima foi colocada em destaque, lembrando que toda a Igreja deve colocar-se «em estado de penitência e purificação.
Na homilia de dia 13 de Outubro, o mesmo cardeal apresentou os Pastorinhos de Fátima como exemplos de quem  confia, sem medos, nos desígnios de Deus, mesmo nos momentos mais aterradores da vida: «Presos pelo governador de Ourém, três crianças que se «veem separadas umas das outras e ameaçadas que vão ser lançadas em azeite a ferver, recorrem à oração!». 
A Mensagem de Fátima, lembrou D. Bertone, convida à conversão e à confiança, tal como o Evangelho: «Contra o fatalismo do mundo, Maria veio a Fátima lembrar que, na ordenação e governo de tudo o que acontece há um coração infinito. O centro da Mensagem de Fátima é a conversão, que implica amar a Deus acima de todas as coisas, o horror ao pecado e a fidelidade à Lei de Deus, que se resume e traduz na caridade».
Por fim, o Cardeal italiano referiu-se ao desejo materno de Nossa Senhora de contribuir para a salvação das almas, levando-as até Deus através do Seu Coração Imaculado:
 «[A Maria], não Lhe bastou ser admirada, invocada e venerada; Nossa Senhora quis que os corações dos indivíduos, dos povos e do mundo inteiro lhe fossem consagrados e colocados sob a sua protecção».

domingo, 13 de outubro de 2013

Acto de Entrega ao Imaculado Coração de Maria


Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima, 

Com renovada gratidão pela Tua presença materna, 
unimos a nossa voz à de todas as gerações que Te chamam bem-aventurada,
 em Ti celebramos as grandes obras de Deus,
 que nunca se cansa de se inclinar misericordiosamente sobre a humanidade,
 aflita pelo mal e ferida pelo pecado, para a curar e salvar. 

Acolhe com benevolência de mãe o acto de entrega que hoje fazemos com confiança, 
Diante desta Tua imagem, para nós tão querida. 

Estamos certos que cada um de nós é precioso aos Teus olhos 
e que nada do que habita nos nossos corações Te é estranho. 

Deixamo-nos alcançar pelo Teu olhar tão doce 
e recebemos a consoladora carícia do Teu sorriso. 

Cuida da nossa vida entre os Teus braços;
 abençoa-nos e reforça todo o desejo de bem; reaviva e alimenta a fé; 
sustém-nos e ilumina a esperança; suscita e anima a caridade; 
guia-nos a todos no caminho da santidade. 

Ensina-nos o Teu próprio amor de predilecção pelos pequenos e pobres,
 pelos excluídos e pelos que sofrem, pelos pecadores e os que têm o coração dilacerado: 
reúne-os a todos sob a Tua protecção, 
e entrega-os ao Teu dilecto Filho, o Senhor Nosso Jesus. 

Ámen 

Noite de 12 de Outubro em Fátima

Alguns elementos da JMV Sobreiro estão a participar no encontro "Com(o) Maria nos damos a Deus", encontro promovido pela Juventude Mariana Vicentina de Portugal e cujo programa se cruza com o da Peregrinação Internacional Aniversária de 12 e 13 de Outubro.

Antes de se abeirarem da Capelinha das Aparições para o início oficial da Peregrinação, os nossos jovens foram até à Capela do Santíssimo Sacramento e meditaram na segunda aparição de Nossa Senhora:
Nossa Senhora disse a Lúcia: “Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será teu  refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”. Como peregrinos de Fátima, os jovens são convidados a escutar as palavras que Nossa Senhora dirigiu a Lúcia naquele 13 de Junho e a entendê-las como dirigidas também si.

Após a oração pessoal junto de Jesus Sacramentado, os nossos jovens foram até à Capelinha das Aparições para aí, juntamente com muitas centenas de peregrinos, dar as boas vindas ao Cardeal Secretário de Estado do Vaticano - D. Tarcisio Bertone - e assim iniciar oficialmente a Peregrinação Internacional Aniversária.

Das palavras iniciais do Cardeal, retemo-nos nestas: «A profecia de Fátima, apesar de se cumprir cabalmente no século XX, está longe de ter terminado. A Igreja caminha, tal como na visão, para o Monte do Calvário e continuamente o sangue dos mártires continua a ser derramado. Como nos lembra a parábola, o trigo e o joio crescem juntos, isto é, no mundo de hoje, a graça e o pecado crescem juntos. (...) Fátima é um apelo ao amor. Olhando o exemplo e confiando na intercessão dos beatos Francisco e Jacinta e da serva de Deus irmã Lúcia, ofereçamo-nos para aceitar as provações que o Senhor nos envia».

A Mensagem de Fátima está longe de ter terminado. Nossa Senhora, em 1917 pediu aos Pastorinhos que se rezasse muito pela conversão dos pecadores e pelo Santo Padre. Oração, penitência e reparação são as atitudes principais que a Virgem Santíssima nos pediu em Fátima.

Após a recitação do Terço e da Procissão das Velas para o altar do recinto, teve início a Missa comemorativa da Dedicação da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Na homilia, D. Tarcisio Bertone disse aos peregrinos:

«Queridos peregrinos de Fátima, comemoramos hoje a Dedicação desta Basílica há 60 anos, esta que é a 'Casa da Mãe', à qual os peregrinos acorrem para o encontro com o Seu Filho. Esta Basílica tem a sua origem na pedra angular que é Cristo. A sacralidade de Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro Homem chama-nos a fazer parte do Templo de Deus.


Cada um de nós pergunta-se sobre a verdade e a profundidade da sua ligação com Jesus. Porque podemos participar em muitos actos religiosos mas sendo apenas espectadores. Para acolher Jesus, é preciso fazer como Zaqueu, abandonando-nos em Deus. Enquanto não vivermos no abandono em Jesus, não podemos afirmar que conhecemos Jesus e n'Ele o Pai.
E continua dizendo:

«Nesta noite, não rezamos cada um por si nem em segredo, mas como um povo que segue Cristo Ressuscitado, apoiado na Palavra de Jesus que são luz para os nossos passos. O beato Francisco Marto passava muitas horas em oração, junto de 'Jesus escondido', imerso em Deus e profundamente feliz. Dizia ele à sua irmã, beata Jacinta Marto e à sua prima:  "Esta gente fica tão contente só por a gente lhe dizer que Nossa Senhora mandou rezar o terço e que aprendesses a ler! O que seria, se soubessem o que Ela nos mostrou em Deus, no Seu Imaculado Coração, nessa luz tão grande!" (Memórias, 127).

A nossa visão só é possível com a luz do sol, mas os nossos olhos não consegue fixar directamente o sol. Mas podemos olhar fixamente a lua que está associada a Nossa Senhora - «a candeia de Nossa Senhora». A Virgem Maria é a imagem da Igreja Triunfante, da Jerusalém Celeste, sinal de consolação e esperança.
Queridos peregrinos, olhai para Maria, invocai-A e imitai-A porque ela é sinal e presença do amor de Deus!»

Confiantes nas palavras do Legado Pontifício, procuremos também nós sermos anunciadores da Mensagem de Fátima na nossa vida e ver em Nossa Senhora, a presença de Deus.



sábado, 12 de outubro de 2013

Celebração Mariana em Roma

A Imagem de Nossa Senhora de Fátima que é venerada na Capelinha das Aparições está hoje e amanhã em Roma para participar na Jornada Mariana integrada nas celebrações do Ano da Fé.

Primeiramente a "Senhora mais brilhante que o Sol" foi levada em procissão para o Mosteiro Domus Mariae onde reside actualmente o Papa Bento XVI, para que o Saudoso Papa pudesse rezar à Virgem Maria e confiar, de certo, a sua vida e a da Igreja no Coração de Maria. 

Já na Praça de São Pedro, a imagem foi transportada num andor até ao altar do recinto, sendo recebida pelo Papa Francisco ao som do Avé de Fátima e aclamada pela multidão que emocionada acenava com lenços brancos.

O Santo Padre ofereceu à imagem de Nossa Senhora de Fátima um Terço. Recordemos o insistente pedido da Virgem Santíssima em Fátima, para que se rezasse o Terço todos os dias.

Durante esta celebração Mariana foi rezada a Via Matris, uma oração que faz parte da antiquíssima tradição da Igreja e que medita nas Sete Dores de Nossa Senhora. Após a oração, o Papa Francisco proferiu uma pequena meditação na qual referiu que Nossa Senhora é um exemplo de fé para todos os cristãos.

 “Toda a Sua vida foi seguir o Seu Filho: Ele é a estrada, Ele é o caminho! Progredir na fé, avançar nesta peregrinação espiritual que é a fé, não é senão seguir a Jesus; ouvi-lo e deixar-se guiar pelas suas palavras”.  

O Papa disse ainda à multidão presente na Praça de São Pedro e a todos os que acompanhava a oração através dos meios televisivos e da internet que “A fé de Maria enfrentou a incompreensão e o desprezo; quando chegou a «hora» de Jesus, a hora da paixão, então a fé de Maria foi a pequena chama na noite”.

Novamente ao som do Avé de Fátima a imagem de Nossa Senhora foi transportada para a Basílica de São Pedro e seguidamente irá para o Santuário do Divino Amor, para a oração ‘Com Maria para além da noite’.



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A imagem de Nossa Senhora de Fátima volta a Roma

Como é sabido, as Jornadas Marianas marcadas para este fim-de-semana no Vaticano vão contar com a presença da Imagem de Nossa Senhora de Fátima que se venera na Cova da Iria, um pedido feito expressamente pelo Papa Bento XVI e confirmado pelo Papa Francisco.

Na próxima madrugada, a Imagem sairá do Santuário e será levada até Roma. Chegada a Roma, fará uma passagem breve pela Capela do Mosteiro onde vive o Papa Bento XVI, o qual terá um momento de oração diante da imagem da 'Senhora mais brilhante que o sol'.

De seguida, Nossa Senhora partirá em direcção à Praça de São Pedro, onde será recebida pelo Papa Francisco.

Em declarações à Família Cristã’, Dom Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, afirma que «Nossa Senhora de Fátima é a imagem mais coerente para uma Consagração do mundo a Nossa Senhora. Ela permanece ainda como expressão, a mais imediata e mais coerente, para viver uma condição de fé»,
Dom Fisichella afirma ainda que as aparições de Fátima estão em perfeita sintonia com o Evangelho: «Em Fátima, Nossa Senhora, andou sempre a lembrar a exigência da conversão e da mudança do homem; portanto, na medida em que formos capazes de aderir ou compreender esta mensagem, devemos mudar o coração para acolher em nós a presença de Cristo, sobretudo na constância e na continuidade da oração».
Neste sentido de conversão e oração, a Mensagem de Fátima ponta para os Sacramentos, em especial para o Santíssimo Sacramento da Eucaristia e para o Sacramento da Penitência. Por isso, a partir da madrugada de sábado, as igrejas de Roma «estarão abertas para adoração da Sagrada Eucaristia e também para confissões».
Por sua vez, o reitor do Santuário de Fátima afirma que esta é a primeira vez que a Imagem não estará presente em Fátima numa Peregrinação Aniversária, desta vez presidida pelo Secretário de Estado do Vaticano. É também a «terceira vez que a Imagem viaja para Roma a pedido dos Papas». Por isso, o Pe. Carlos Cabecinhas considera que «Nossa Senhora é um elemento fundamental da Nova Evangelização».
O programa oficial destas Jornadas Marianas pode ser consultado aqui e as celebrações poderão ser assistidas em directo a partir de Roma no Canal Televiso do Vaticano ou na página do canal católico italiano TV2000.

Não podemos ficar de braços cruzados!

A JMV Sobreiro tem ido todos os dias até à casa "Mãos erguidas", junto à clínica dos Arcos para rezar pela Vida. Na terça feira passada, como referimos anteriormente, estiveram cinco elementos do grupo, de tarde a rezar.

Todos os dias recebemos o diário do que acontece na casa e na Campanha e no final do dia de Terça-feira aparecia um apelo urgente: "temos várias horas livres que não têm voluntários para rezar". Ora, poderíamos pensar que já lá tínhamos estado no dia anterior ou que, alguns de nós, cansados do trabalho, não iam mais uma vez até Lisboa... No entanto, foi exactamente o contrário que se passou. "Não há voluntários?!?!, vamos nós!"

E assim foi! Na tarde de Quarta-feira estiveram mais quatro elementos a rezar pela Vida. Neste dia, durante o tempo que lá estivemos rezámos o Rosário completo. Faz-nos bem rezar pela vida e testemunhar o dom da Vida.

No dia 10 de Outubro, entre as 14 e as 16 horas estivemos mais uma vez, em comunhão com todo o mundo, a rezar pela vida. Dois membros do nosso grupo (o Vasco e a Ana Rita) deslocaram-se ao espaço de oração da Associação Mãos Erguidas, junto à Clínica dos Arcos para, aos pés da Cruz e da Virgem Maria, rezarem pelo dom da vida, oferecida a cada Homem e, infelizmente, vilmente reprimida pela praga do Aborto.

Enquanto os membros da JVM Sobreiro rezavam o Rosário, chegaram várias pessoas com necessidades e à procura de algum apoio (nomeadamente vestuário). Além disso, um membro da Associação ia tentado interpelar algumas pessoas (sobretudo casais) que ia e vinham da Clínica. Um momento forte deu-se quando um jovem casal saiu da clínica (possivelmente de uma consulta para planeamento de aborto) e a jovem rapariga se encontrava notoriamente consternada e desorientada. O membro da Associação tentou abordá-los sem sucesso. No entanto, pela força da Oração do Rosário (assim esperamos), depois de alguma hesitação, o casal abandonou o local, queira Deus para não mais voltar.


Passadas as duas horas (que ali mais parecem dois minutos), deixamos missão entregue as outros voluntários, certo de que o nosso gesto agradou e desagravou os Corações de Jesus e Maria Santíssima.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Evangelho do XXVIII Domingo do Tempo Comum

No próximo Domingo, o Evangelho mostra-nos dez leprosos que se apresentam-se diante de Jesus e dos discípulos e exclamam: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”. Além de causar naturalmente repugnância pela sua aparência e de infundir medo de contágio, o leproso, naquele tempo, era considerado impuro, a quem se atribuíam pecados especialmente graves e maldições. Por isso, o leproso não podia sequer entrar na cidade de Jerusalém, para não a conspurcar.

Este episódio dos dez leprosos (que é exclusivo de São Lucas) tem como objectivo fundamental mostrar Jesus como Deus que Se fez carne para trazer a salvação a todos os homens. A presença de um samaritano no grupo indica que essa salvação oferecida por Deus não se destina apenas a um grupo restrito de pessoas, mas a todos os homens que acreditam em Jesus, que O querem seguir e se aproximam d’Ele dizendo com humildade e confiança: “Jesus, tem compaixão de nós!”
Com o relato de só um dos leprosos ter voltado atrás, «glorificando a Deus em alta voz, e prostrando-se de rosto em terra aos pés de Jesus, para Lhe agradecer», São Lucas quer também mostrar que quem encontra Jesus deve dar graças por esse dom de ter reconhecido o Salvador.
Na verdade, nem Deus Pai nem Jesus Cristo precisam dos nossos louvores e agradecimentos. Nós, no entanto, precisamos cada vez mais de reconhecer que nada conseguimos se continuarmos entregues a nós mesmos e a confiar apenas nas nossas capacidades humanas. Por isso, Jesus questiona: «Não foram dez os que ficaram curados? Onde estão os outros nove? Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?»
Quantas vezes desprezamos os dons de Deus? Quantas vezes Lhe agradecemos as Suas maravilhas? Quando Deus nos concede uma graça, quantas vezes ficamos tão entusiasmados que, com frequência, nos esquecemos de Lhe agradecer?
Isto acontece porque a nossa Fé é frouxa. E a Fé é muito mais do que acreditar em Deus! Aquele leproso que voltou atrás e agradeceu a Jesus era um homem de Fé, pois além de ter acreditado n’Ele, reconheceu-O como o Seu salvador, prostrando-se em reverência. «Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou».
Uma “fé de favores” é uma fé utilitarista, pois falta o reconhecimento prático daquilo que professamos. Jesus pede muito mais aos Seus fiéis! Vamos pedir que ele nos conceda uma Fé forte, constante, que se revele nas nossas atitudes e que nos livre de acreditarmos somente n’Ele e nas Suas promessas tendo em vista unicamente o nosso bem.

PROPOSTA DE CÂNTICOS PARA A MISSA

Entrada: Salvai-nos Senhor, nosso Deus - F. Lapa [partitura]
Ofertório: Povo Santo, a Ti consagrado - A. Oliveira [partitura]
Comunhão: Os ricos empobrecem - CEC II, pág. 127 [partitura]
Pós-Comunhão: Hino do Centenário das Aparições de Fátima, estrofes 9 e 13 [partitura]
Final: Avé de Fátima - NCT, 702 [partitura - harmonizado]

CEC II - Cânticos de Entrada e Comunhão, vol. II;
NCT - Novo Cantemos Todos

Acto de entrega ao Imaculado Coração de Maria - 1982

A vida do Papa João Paulo II está intimamente ligada à Virgem Santíssima, tal como podemos constatar no lema do seu pontificado: "Totus Tuus". De facto, o Sumo Pontífice teve sempre uma particular devoção à Mãe de Deus, mas o grande acontecimento que está ligado à vida do Santo Padre e a Nossa Senhora foi o atentado ocorrido a 13 de Maio de 1981, na Praça de São Pedro.

Ao passar pela multidão que calorosamente o acolhia e saudava, o Santo Padre foi alvejado, tendo ficado em perigo de morte. Um ano depois, a 13 de Maio de 1982, João Paulo II dirigia-se a Fátima para agradecer o facto de Nossa Senhora o ter protegido do brutal ataque.

«O sucessor de Pedro - dizia o Papa João Paulo II na sua homilia em Fátima - apresenta-se aqui também como testemunha dos imensos sofrimentos do homem, como testemunha das ameaças quase apocalípticas, que pesam sobre as nações e sobre a humanidade. E procura abraçar esses sofrimentos com o seu fraco coração humano, ao mesmo tempo que se põe bem diante do mistério do Coração: do Coração da Mãe, do Coração Imaculado de Maria.»

O agora Beato João Paulo II tomou consciência do poderosíssimo poder da Virgem Maria e de como, no Seu Coração de Mãe, o aflito encontrava consolo e amparo. Sabendo pois da contínua necessidade de entrega da Humanidade ao Coração Virginal de Maria, fez um Acto de entrega, do qual vale a pena meditarmos nalguns excertos:

«À Vossa protecção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus - Ao pronunciar estas palavras da antífona com que a Igreja de Cristo reza há séculos, encontro-me hoje neste lugar escolhido por Vós, ó Mãe, e por Vós especialmente amado. Estou aqui, unido com todos os Pastores da Igreja e pronuncio as palavras deste Acto, no qual desejo incluir, uma vez mais, as esperanças e as angústias da Igreja no mundo contemporâneo.»

A vida da Igreja e da humanidade foi assim novamente entregue ao Coração de Maria Santíssima, aquele donde brota um amor profundo e é mediador de todas as graças. Que bom seria, que no nosso dia-a-dia fossemos capazes de entregar as nossas vidas a este coração materno e cheio de amor por nós, pecadores.

Em jeito de oração, terminamos esta meditação com as palavras do Papa João Paulo II:


Confiando-Vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos,
                        nós Vos confiamos também a própria consagração em favor do mundo,
depositando-a no Vosso Coração materno.

Oh, Coração Imaculado! Ajudai-nos a vencer a ameaça do mal
que tão facilmente se enraíza nos corações dos homens de hoje e que,
nos seus efeitos incomensuráveis,
pesa já sobre a nossa época e parece fechar os caminhos do futuro! 
Da fome e da guerra, livrai-nos! 
Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos! 
Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos! 

Acolhei, ó Mãe de Cristo, este clamor carregado do sofrimento de todos os homens! Carregado do sofrimento de sociedades inteiras! 
Que se revele, uma vez mais, na história do mundo,
a força infinita do Amor misericordioso!
Que ele detenha o mal! Que ele transforme as consciências!

Que se manifeste para todos, no vosso Coração Imaculado, a luz da Esperança!

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