"Raios de Luz"


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

"Nenhum profeta é bem recebido na sua terra"


"Só Cristo é capaz de nutrir no íntimo; os outros nutrem externamente, como a servidores (...). 
De facto, alimenta a alma exausta e enche de bens aquela faminta"
Santo Tomás de Aquino


No Evangelho deste IV Domingo do Tempo Comum encontramos Jesus a ser posto em causa por aqueles que estavam com Ele na sinagoga (como escutámos no evangelho do Domingo passado).

Jesus veio para anunciar a Boa-Nova do Reino, no entanto, essa Sua missão não foi bem entendida pelo povo judeu. Os homens e mulheres que rodeavam Jesus no início da Sua vida pública esperavam um Messias que fizesse milagres e que fosse "fora do normal".

“Nenhum profeta é bem recebido na sua terra” e como tal, os judeus tinham visto Jesus crescer e sabiam quem era o Seu Pai e a Sua Mãe, no entanto, não percebiam verdadeiramente a profundidade do mistério da vida de Jesus.

Perante esta confusão dos habitantes de Nazaré e as suas questões acerca de Jesus, Este, deparando-se com uma profunda falta da fé daquele povo repreende-os dando exemplos da forma com Deus, no passado, tinha escolhido  alguns profetas, não para os que lhes eram próximos, mas para outros.

Perguntemo-nos então: quanto posso eu identificar-me com os compatriotas de Jesus? A crítica, a murmuração, a inveja, a maledicência, fazem tantas vezes parte das nossas vidas e fazem-nos afastar de Deus e quase que apagar a luz da verdadeira Fé.

Consideramo-nos católicos crentes e que temos uma relação com Jesus todos os dias. Somos até capazes de estar em ambientes em que se fala d'Ele mas que impacto tem isso nas nossas vidas?

No decorrer do relato feito por São Lucas, os nazarenos pedem a Jesus que faça na Sua terra aquilo que tinha feito em Cafarnaum. Esperavam eles, mais uma vez, a manifestação exterior de Jesus e milagres apenas para os satisfazer. Quantas vezes nos aproximamos nós de Deus apenas para lhe pedir coisas? Jesus apresenta-nos uma proposta de salvação que se traduz em actos concretos nas nossas vidas.

O Evangelho termina com a referência à vontade de matar Jesus. Os habitantes de Nazaré não estavam satisfeitos com o que Jesus lhes tinha dito e então pretendiam livrar-se d'Ele. Também nós, muitas vezes nas nossas vidas, vamos abandonando Jesus e buscando no mundo e na carne a "satisfação" para os nossos problemas.

Jesus é verdadeiramente o nosso Salvador. Só Ele nos pode dar a Vida eterna. Procuremos nesta semana tomar consciência do quanto ficamos aquém daquilo que Deus espera de nós e esforcemo-nos por viver segundo os ensinamentos de Jesus.


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