"Raios de Luz"


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A Transfiguração de Jesus e as delícias do céu


No Evangelho deste II Domingo da Quaresma, a Igreja medita na Transfiguração de Jesus, momento no qual o Senhor quis dar aos Seus discípulos um antegozo  da beleza do paraíso.

Tomando consigo Pedro, Tiago e João, Jesus subiu ao alto de um monte e transfigurou-se diante deles. O Seu rosto ficou refulgente como o sol e as vestes brancas como a neve. Apareceram Moisés e Elias que falavam com Ele. Ao ver tudo isto, Pedro disse a Jesus: Mestre, façamos três tendas, uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias.

São Pedro e os seus companheiros puderam ver a glória de Jesus transfigurado, provando assim, como diz Santo Afonso Maria Ligório «uma só gota da doçura celestial», e rogaram a Jesus para que fosse possível permanecerem naquele lugar.

Se para São Pedro e os seus companheiros a visão de Jesus transfigurado os deixou assim, o que será de nós quando o Senhor «saciar os seus escolhidos da abundância da Sua casa e os fizer beber na torrente das Suas delícias»?

A glória de que gozaram os três discípulos foi de curta duração, porque enquanto Pedro falava, uma nuvem os envolveu. «Este é o meu Filho muito amado, escutai-O».  O Pai manda-nos ouvir o Seu Filho, desta forma, somos convidados neste tempo Santo da Quaresma a escutar o que Jesus nos pede para fazer.

As consolações que recebemos de Jesus, tal como receberam Pedro, Tiago e João têm por único motivo animar-nos nos nossos trabalhos, porque não é neste mundo que gozamos das delícias de Deus.

Os discípulos, testemunhas da transfiguração, parecem não ter muita vontade de “descer à terra” e enfrentar o mundo e os problemas dos homens. No entanto, a experiência de Jesus obriga a continuar a obra que Ele começou e a “regressar ao mundo” para fazer da vida um dom e uma entrega aos homens nossos irmãos.

Animemo-nos portanto e procuremos sofrer com paciência as provações que são colocadas nas nossas vidas, oferecendo-as em união ao sofrimento de Jesus que morreu por nosso amor.

Santo Afonso Maria Ligório termina a meditação sobre este Evangelho com uma bonita oração que também pode ser de cada um de nós: «Meu amado Redentor, agradeço-Vos as luzes que me dais agora. São sinais de que me quereis salvo a gozar das Vossas delícias um dia no céu. Quero salvar-me, não tanto pela alegria mas para Vos poder agradar e amar. Amo-Vos, Jesus meu Deus, amo-Vos sobre todas as coisas».


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